A ditadura se prolonga por 21 anos, mas ainda há muito a ser contado sobre esse período. O Caminhos da Reportagem lembra fatos que marcaram essa história e mostra como era o país antes e logo depois do golpe. Também investiga a resistência civil e a repressão na cidade e no campo. Militares que participaram dos órgãos de repressão fazem revelações sobre tortura e mortes de militantes. Pessoas que lutaram pela democracia contam das marcas do passado e do desejo de reparação. As reformas de base propostas por Jango são aplaudidas pelos sindicatos e ligas camponesas, organizações que vinham ganhando força no início dos anos 60. Para Raphael Martinelli, ex-dirigente do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), as reformas "eram coisas que a sociedade estava pedindo. E o Jango estava acompanhando e cedendo democraticamente. Ninguém tinha a intenção de tomar o poder."
As atitudes do presidente eram vistas como uma ameaça por uma parcela da sociedade."Houve um clamor popular, da imprensa, da igreja, dos partidos políticos, exigindo que se desse um fim àquela situação anormal que o país vivia. Tínhamos centenas de greves por ano, a economia se descontrolando totalmente, justifica o general Bandeira, do exército."
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