O programa Rondon e os índios Brasileiros está dividido em três partes que, com o auxílio de imagens inéditas de arquivo, conta a vida e a obra do Marechal Rondon.
A primeira parte conta a história de Rondon, suas origens desde Mimoso no Pantanal do Mato Grosso, até seu ingresso no exército brasileiro. Fala ainda sobre o pensamento positivista e as expedições pelo interior do brasil.
"Toda a cultura
brasileira está impregnada da herança africana. Sua presença fez quase tudo o
que aqui se fez", diz Darcy Ribeiro neste programa que fala do conjunto
das culturas negro-africanas que estão na base de nossa formação.
O documentário
nos faz conhecer a força, o requinte e a sofisticação dos bantos, haussás,
jejes e yorubás que atravessaram o Atlântico no maior movimento de migração
compulsória de que se tem notícia.
O programa foi
construído com imagens de arquivo pesquisadas em cinematecas e museus variados,
bem como com o registro de vasta e variada iconografia (fotos de Pierre Verger
e outros).
Contém imagens de
peças africanas pertencentes a importantes colecionadores, filmadas na Bélgica.
Depoimentos de Mãe Estela, do antropólogo Carlos Serrano e do etnólogo François
Neyt, da Universidade Louvain-la-Neuve, da Bélgica. Participação especial de
Gilberto Gil que canta e lê poemas africanos recriados por Antonio Risério.
O filme, baseado na obra de Darcy
Ribeiro, documenta a miscigenação cultural e étnica no Brasil e como ela
surgiu. É mostrado que tudo começou quando os portugueses chegaram migrando para
o mesmo
Darcy Ribeiro reflete sobre os encontros e desencontros, no
territóriobrasileiro, das nossas três
grandes matrizes, e do início da aventura chamada Brasil. "Povo novo é
como o Brasil, é um gênero novo. Um povo mestiço na carne e no espírito e,como
tal, herdeiro de todas as taras e talentos da humanidade".
O programa traz
imagens originais captadas no sul da Bahia;imagens de danças populares filmadas
pela "Missão de Pesquisas Folclóricas", de Mario de Andrade, em 1938;
trechos de filmes clássicos de Humberto Mauro e do Balett Benguele, do
GrupoCorpo; e textos de Gilberto Freyre, entre outros. Tom Zé fala também
participa com a leitura de passagens da carta de Pero Vaz de Caminha e de texto
de Miguel de Cervantes.